quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Características brasileiras

O que o Brasil tem que ao mesmo tempo é palco de uma incrível atração humana como também de um cenário político corrupto e desorganizado?

Muito se fala em educação, em ser politizado. Mas talvez "ser politizado" não significa "ser humano". Ser humano é ser alegre, feliz, se arriscar, buscar o novo, não ter medo de se envolver com outras pessoas, não ter preconceitos e lutar pelo que se acredita. E isso nós, Brasileiros, fazemos, mesmo com todas as adversidades.

Talvez não precisemos mais de educação. Precisamos pegar um pouco de toda essa energia que temos e usá-la para organizar o lugar aonde cada um de nós vive. Não precisamos de um bom presidente, precisamos de bons vereadores, de que a população acompanhe as atitudes políticas e, ao mesmo tempo, não perca a alegria de estar vivo, de fazer coisas novas e de se relacionar com outras pessoas. Alguém já acompanhou a selvageria que é a eleição para vereador? Ainda perdem perdem tempo falando sobre presidente?

É acreditar nisto que faz o Devir Social se manter vivo e em processo de crescimento: acreditamos que fazemos algo novo, ensinando aos indivíduos a cuidarem do que é público ao mesmo tempo em que ele mantém seu estilo de vida aberto, diversificado e lutador. Não queremos uma sociedade perfeita, isenta de crimes e com todas as pessoas niveladas.

Queremos que a política funcione, que a constituição federal consiga cumprir seu papel, que a corrupção diminua e que pessoas honestas e lutadoras possam crescer através de seus sonhos em detrimento daquelas que mancham do nosso país.

E quem sabe assim sejamos nós, aqueles que todos dizem ter complexo vira-lata por sempre estar importando coisas de outros países, que ensinaremos o que há de mais importante para o mundo: a como ser humano.

Princípios econômicos para a organização social

O objetivo deste artigo é organizar os principais conhecimentos da filosofia econômica necessários para o bom entendimento da organização social. Esperamos, com isso, que as pessoas tenham uma maior noção de toda potencialidade da transformação humana através das diversas formas de organização social. Assim, elas têm maiores possibilidades de decidir aquilo que realmente merece o foco de sua atenção durante sua vida. Contudo, lembramos que todo material escrito aqui será uma interpretação dos conceitos fundamentais da ciência econômica pelo Devir Social, cabendo a cada pessoa se responsabilizar por buscar sua origem científica, se achar necessário.

Iniciamos com a base da organização social e econômica: a energia. Praticamente toda a energia do nosso planeta vem ou veio do sol, exceto a energia que decorre do núcleo da terra e das marés. Energia eólica, hídrica, orgânica: todas elas são diferentes materiais que foram aquecidos pelo sol e que os seres humanos são capazes de aproveitar. Em seguida, preocupamo-nos com a forma que o ser humano atua no nosso planeta, e essa atuação é feita através de alguma terra.

A terra é tão importante para os seres humanos que muitas vidas já foram utilizadas para sua conquista e manutenção através dos países. Sistemas econômicos também foram montados de acordo com a disponibilidade de terra e do que as pessoas aceitavam para trabalhar nela. Começamos com os escravos, seja por motivos religiosos ou econômicos, passamos pelos servos, que trabalhavam na terra e eram obrigados a doar mais que metade de sua produção para o seu senhor feudal, e chegamos ao atual sistema econômico chamado capitalismo, aonde a terra é dominada por quem tem maior capital, de forma a fazer maior proveito dela, e a produção da energia é distribuída através dos salários.

Percebam que a maior importância da terra é a alimentação. O alimento é a entidade capaz de transportar energia de uma coisa e dar a outra. No caso dos seres humanos, os nossos alimentos são capazes de captar a energia do sol e fornecer a nós, para que possamos desenvolver nossas atividades. Essa é a principal importância de entender de onde vem nossa alimentação: entendemos fundamentalmente de onde vem nossa energia. Entendido de onde vem a principal energia humana, chega a hora de entender seu destino.

A geografia divide os setores econômicos em três: primários, secundários e terciários. O primário estuda a forma básica de captação da energia bruta, que pode ser a solar, eólica, hidráulica, etc, para energias capazes de serem operadas por seres humanos. O setor secundário estuda como essa energia se transforma em estruturas para fornecer aos seres humanos as condições necessárias para eles viverem e exercer suas atividades econômicas, como casas, indústrias, ruas, etc. Já no terciário, estuda-se a energia que é consumida para o viver humano, aquela que é perdida através do tempo sob a forma de calor ou movimento, por exemplo. São exemplos todos os itens que precisam são desgastados e precisam ser renovados, como roupas, eletrodomésticos, itens de manutenção de ambientes e saúde, dentre outros.

A interpretação do Devir acima se refere a forma como a energia é materializada. Contudo, uma segunda interpretação é possível, que se trata sobre os materializadores de energia. Neste sentido, também podemos dividir em três grupos: os sob contrato, que são aqueles que trabalham simplesmente seguindo as regras estabelecidas pela empresa ou instituição após um período de adaptação para tanto, os sob serviços, que são aqueles que agem como querem, e de modo desconhecido da empresa, desde que obtenham os resultados desejados pela mesma, e os sob capital, que são os detentores das empresas e instituições e cujo principal objetivo é o sempre aumento do capital, para evitar que outro capital o engula.

Ainda é possível perceber a existência de um governo. Como já foi dito em alguns artigos já escritos pelo Devir, o Governo é o principal agente de continuidade. No contexto deste artigo, o governo se apresenta calibrando as três esferas de materialização de energia, de modo que a progressão da sociedade possa se dar de forma organizada e eficiente. Precisamos lembrar, principalmente, que os "materializadores de energia" são humanos, e isto significa que eles precisam viver sobre certas garantias de vida para serem capazes de reproduzir e seguir um fluxo de evolução que não culminem em revoltas, guerras ou qualquer estado generalizado de violência que interrompa ou retroceda a organização social.

Esse estudo é importante para entendermos como nossa energia é gasta e como reorganizá-la. Cada ser humano é um agente de transformação: ele recebe e transforma a energia. Se não estudarmos a qualidade dessa transformação, é possível que, ao invés de produzirmos boas coisas, produzamos coisas ruins, que dificultem o fluxo de energia ou façam a energia ser retida por uma entidade só. O interesse de acúmulo de energia que toda entidade viva deseja ter é para garantir suas chances de sobreviver e reproduzir, contudo, uma vez que a energia se acumule nelas, outras entidades deixam de receber energia. Viver em sociedade, portanto, é uma relação de forças que buscam garantir sua sobrevivência e reprodução.

Grandes questionamentos surgem desta concepção, seguem: de onde vem a energia que está movendo você? E no que você transforma essa energia? A qualidade dessa transformação é boa, ruim ou tanto faz para você? Nossa sociedade acaba sendo o resultado de todas as transformações que nós produzimos e deixamos produzir, você está satisfeito com ela? Qual sua força perante a sociedade e em quais ideias você deseja associar sua energia para que essa ideia ganhe força e se transforme em uma entidade social capaz de transformação? A que entidade você está colaborando para que ela cresça? Essa entidade realmente vale sua dedicação para crescer? Traz valores que tornem nossa sociedade melhor? Que, principalmente, você concorde e acredite? O que você pode fazer para mudar?

De princípios econômicos simples surgem questionamentos que nos remete a organização social. Espero que este texto tenha atingido seu objetivo, grande abraço a todos e até a próxima.