quarta-feira, 13 de julho de 2016

Votamos em figuras públicas

Votamos na imagem, construída por profissionais do marketing e de comunicações públicas.

Votamos em quem apresenta a história com seus pecados perfeitamente ocultados, votamos em quem melhor se faz de bom moço para ajudar nosso povo, votamos em um lobo em pele de cordeiro.

Porque se for pra ser humano de verdade, tem que ter defeitos. E neste jogo de imagens, defeitos são critérios de eliminação: não votamos em humanos de verdade, votamos em máquinas.

Máquinas de roubar dinheiro do nosso povo para sustentar toda a sua fábrica de perfeição.

Que tal ao invés de votarmos, dedicarmos o nosso tempo à verificar se essas figuras públicas são realmente humanas, ou se são só mais máquinas de produzir dinheiro? Seres humanos que estão em senado, uma câmara de deputados, e sequer sabem o que fazem ali: são mestres em falar bonito e nada dizer. São mestres em dar sorrisos e fazer promessas, cumpri-las quando fáceis, mas nunca algo de verdade.

Que cada pessoa do novo povo tenha acesso ao conhecimento do nosso estado de direito, da matemática para administração, da literatura para a informação. Que cada cidadão nosso possa ser capaz de contribuir com sua cidadania, não apenas com um voto vazio, mas com atitudes diretas para melhorar sua cidade.

Pois a corrupção não só faz pessoas desonestas ganharem dinheiro fácil, como também fazem pessoas honestas parecerem os cordeiros perto dos lobos que fingem ser semelhantes a eles. E como a harmonia para o amor vai surgir de onde só há medo, mentiras impunes e a lei do mais forte?

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