domingo, 15 de maio de 2016

História ficcional sobre o funcionamento do Devir:

João trabalha de segunda à sábado na construção civil, como pedreiro. Tem uma esposa e dois filhos que estão na escola pública. João se sente muito triste com a situação do Brasil e preocupado com o futuro dos seus filhos. João quer fazer algo para ajudar o Brasil. O que ele vai fazer?

João decide visitar algum partido, mas logo se desanima, porque percebe que os partidos não estão interessados em defender uma ideologia, mas sim em administrar e se manter no poder.

João decide entrar para alguma igreja, mas logo se desanima, porque percebe que a maioria das igrejas estão preocupadas demais falando em salvação ao invés de salvarem, de fato, o pouco que resta deste país, além de carregar o nome da sua igreja como prioridade.

João então conhece uma empresa chama Devir Social. O Devir Social é sustentado por empresas privadas, que provam sua preocupação com a população através do patrocínio. O Devir Social também mantém uma equipe de profissionais que ensinam administração e legislação para quem quiser aprender, além de organizar eventos de fiscalização com mecanismos que garantem alguma segurança aos envolvidos.

João tem pouco tempo, mas ele gasta algum desse pouco tempo aprendendo o que ele pode aprender para atuar no seu país, pois sente que este aprendizado também vai ajudar em sua vida pessoal: ele se torna mais cidadão e capaz de administrar suas próprias economias, quem sabe até abrir seu próprio negócio quando as coisas melhorarem.

João então se sente preparado para se juntar ao seu primeiro evento de fiscalização preparado pelo Devir Social. Neste evento, ele usa seus conhecimentos sobre administração e legislação para descobrir como a escola deve funcionar, e também sua preocupação como pai para perceber coisas que poucas pessoas percebem. Assim ele descobre que as merendas estão chegando em menor quantidade e com um prazo de validade menor que o que deveria.

Ele comunica ao grupo do seu evento, todos eles concordam. O grupo resolve abrir uma denúncia. Essa denúncia é aberta em nome do grupo do Devir Social, ao qual João e mais cinco pessoas participam anonimamente e é assessorado por um advogado pago pelo Devir. Este grupo pressiona o poder judiciário e policial para investigarem o que está acontecendo, pedindo toda semana novidades sobre o andamento da denúncia. João participa, tirando um dia do seu mês para averiguar as novidades e deixando as notícias claras para todo o grupo, que fazem também isto em outros dias da semana.

Após algumas semanas, um policial descobre que há outras denúncias de merendas de escolas públicas sendo compradas por baixo preço. Esse policial também descobre que isso faz parte de um esquema criminoso, envolvendo políticos e outros policias. Esse policial avisa anonimamente ao Devir, e todos os seis integrantes do grupo que ajudaram o policial a levantar as informações se sentem agradecidos com o seu trabalho. Juntos, iniciam o processo no judiciário e pedem a prisão dos envolvidos.

O judiciário, que se mostra preguiçoso, é pressionado pelo integrantes do grupo do João a agir rápido. As datas foram descumpridas e ameaças foram soltas, e os integrantes começam a imaginar que o judiciário também possa estar envolvido. Os políticos, que tentam corromper o Devir Social, descobrem que todo o sistema de segurança é criptografado e a administração aberta e muito bem vigiada pelos ouros usuários, se sentem incapaz de fazer isto se não pela violência, o que aumentaria ainda mais o escândalo. O Devir Social então se sente preparado para levar o processo a uma instância superior, o qual não é acessível à corrupção dos políticos.

Desta forma, uma quadrilha de políticos e juízes foi julgada e criminalizada, e assim um cidadão que tinha apenas o ensino médio completo foi capaz de colaborar imensamente com seu país, pois esta quadrilha era a base de um esquema muito maior, envolvendo outros esquemas parecidos, descobertos por outros membros do Devir Social em outros locais do Brasil, que sustentava o início de um esquema de corrupção milionário no coração do Brasil.

Foi difícil para o João tirar alguns dias do seu mês para estudar, e depois para colaborar com a fiscalização e então para acompanhar a denúncia até o fim, até que ela se resulte em prisões. Mas João sabe que assim ele colaborou com a melhora da escola aonde seus filhos estudam, João deu exemplo de que lutou por alguma coisa, João fez acontecer e então melhorou, um pouquinho só, o país aonde vive, melhorando também sua vida pessoal. João se sente feliz.

Nós, do Devir Social, acreditamos sim que cada cidadão tem a capacidade de atuar para melhorar nosso Brasil. Não somente através do voto, como também através da fiscalização, pois a democracia não é feita apenas de futuro, mas também de presente: não adianta votar em promessas se essas promessas sistematicamente não são cumpridas. Ou mudamos, ou nos afundaremos. Nós somos o futuro.

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